BÁRBARA TINÔCO
O
Score Fisiológico Agudo Simplificado (SAPS 3) extrai dados na primeira hora em
que o paciente é admitido, esta medida se justifica pelo fato de que coletas de
informação acima de 24 horas acabam por captar mais os cuidados-padrão do que o
estado propriamente dito do paciente. Portanto, este pode ser considerado um
fator que torna este preditivo superior se comparado a outros índices que tem
por finalidade analisar dados prognósticos.
A
aplicabilidade de Índices prognósticos SAPS 3 é de grande importância, pois
permite estimar complicações de ordem fisiológica tendo esta caráter agudo ou
crônico enquanto o paciente está sendo
admitido; quanto a mortalidade toma como objetivo retificar possíveis erros,
melhorando assim, o desempenho dos profissionais na unidade de terapia
intensiva. O modo de mensuração deste Score é dividido em variáveis
demográficas, razões pela as quais houve a admissão do paciente e variáveis
fisiológicas que correspondem ao nível de comprometimento patológico de
determinada doença envolvida no quadro dos pacientes em análise, onde deve ser
avaliado o estado de saúde admissional do paciente, o que no remete a indicação
da condição da pré-morbidade.
O
índice em questão adota valores para mensurar o nível de gravidade dos
distúrbios fisiológicos, conferindo menor pontuação de 16 pontos e maior de 217
pontos. As variáveis fisiológicas são
compostas por temperatura, pressão arterial, frequência respiratória e frequência
cardíaca, oxigenação e pH arterial. Também fazem parte destas variáveis os
níveis de sódio, creatinina, potássio, bilirrubina, leucócitos, hematócritos e
plaquetas, ainda podemos acrescentar a este conjunto a escala de coma de
Glasgow.
O
Score SAPS 3 tem aplicabilidade a nível mundial, e foi aplicado no Brasil
obtendo ótimos resultados segundo pesquisas desenvolvidas com pacientes com
câncer, onde os índices de gravidade são determinados através da classificação
numérica que se relaciona diretamente com características atribuídas aos
pacientes eletivos a pesquisa, o que por sua vez viabiliza uma avaliação da
morbidade e mortalidade com base na patologia envolvida e no quadro do
paciente. Sua aplicação é instituída desde a admissão do paciente, conferindo
dados tais como o estado admissional do paciente, bem como seu prognóstico, de
forma que estas informações forneçam suficiente causa tanto para internação
quanto para sua possível alta e saída da unidade de terapia intensiva.
Este
índice também visa realizar um acompanhamento evolutivo do paciente mediante ao
tratamento aplicado, a partir daí são analisados os avanços de forma
comparativa entre outros pacientes internados na UTI submetidos a diversas
terapêuticas. Levando-se em consideração o custo-benefício de alguns
procedimentos em determinadas fases patológicas, toda esta análise visa uma
avaliação do atendimento fornecido nas UTI e seu desempenho, faz uma comparação
com outras unidades de terapia intensiva buscando verificar níveis de
mortalidade e de morbidade esperados dentro deste processo analítico, buscando
por fim a otimização dos atendimentos nestas unidades hospitalares, entrando em
questão também os conceitos éticos que devem estar inseridos no cotidiano do
profissional que promove o atendimento aos pacientes críticos.
Por
meio da inserção do SAPS 3 podemos melhorar a forma como são coletadas as
informações obtidas para fins de análise do prognóstico bem como de toda a
evolução do paciente que possui certo grau de criticidade, de modo que possamos
acompanhar sua evolução dentro da unidade de terapia intensiva, onde podem ser
comparados tais dados paralelamente com outras UTIs de outros países,
verificando assim, onde podem ser melhoradas as iniciativas voltadas para a
melhora do atendimento nestas unidades e por conseguinte minimizar a
mortalidade juntamente com a morbidade de pacientes críticos internados nas
UTIs. E embasados em alguns destes estudos realizados podemos verificar que na
América do Sul e na América Central houve uma calibração não tão satisfatória,
porém estudos realizados no Brasil apresentaram um bom poder discriminatório
relacionado à mortalidade, juntamente com uma estimativa mais aproximada dos valores
ditos como
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1- TRANQUITELLI,
Ana Maria. Rev Esc Enferm USP: Sistemas de classificação de pacientes como
instrumentos de gestão em Unidades de Terapia Intensiva. 41(1):141-6, 2007.
2-TSA, João Manoel
Silva Junior. Rev Bras Anestesiol: Aplicabilidade do Escore Fisiológico Agudo
Simplificado (SAPS 3) em Hospitais Brasileiros. 60: 1: 20-31,
2010.
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