sexta-feira, 4 de maio de 2012

SAPS III ("Simplified Acute Physiology Score") – Sistema de predição de mortalidade


BÁRBARA TINÔCO

O Score Fisiológico Agudo Simplificado (SAPS 3) extrai dados na primeira hora em que o paciente é admitido, esta medida se justifica pelo fato de que coletas de informação acima de 24 horas acabam por captar mais os cuidados-padrão do que o estado propriamente dito do paciente. Portanto, este pode ser considerado um fator que torna este preditivo superior se comparado a outros índices que tem por finalidade analisar dados prognósticos.
A aplicabilidade de Índices prognósticos SAPS 3 é de grande importância, pois permite estimar complicações de ordem fisiológica tendo esta caráter agudo ou crônico  enquanto o paciente está sendo admitido; quanto a mortalidade toma como objetivo retificar possíveis erros, melhorando assim, o desempenho dos profissionais na unidade de terapia intensiva. O modo de mensuração deste Score é dividido em variáveis demográficas, razões pela as quais houve a admissão do paciente e variáveis fisiológicas que correspondem ao nível de comprometimento patológico de determinada doença envolvida no quadro dos pacientes em análise, onde deve ser avaliado o estado de saúde admissional do paciente, o que no remete a indicação da condição da pré-morbidade.
O índice em questão adota valores para mensurar o nível de gravidade dos distúrbios fisiológicos, conferindo menor pontuação de 16 pontos e maior de 217 pontos.  As variáveis fisiológicas são compostas por temperatura, pressão arterial, frequência respiratória e frequência cardíaca, oxigenação e pH arterial. Também fazem parte destas variáveis os níveis de sódio, creatinina, potássio, bilirrubina, leucócitos, hematócritos e plaquetas, ainda podemos acrescentar a este conjunto a escala de coma de Glasgow.
O Score SAPS 3 tem aplicabilidade a nível mundial, e foi aplicado no Brasil obtendo ótimos resultados segundo pesquisas desenvolvidas com pacientes com câncer, onde os índices de gravidade são determinados através da classificação numérica que se relaciona diretamente com características atribuídas aos pacientes eletivos a pesquisa, o que por sua vez viabiliza uma avaliação da morbidade e mortalidade com base na patologia envolvida e no quadro do paciente. Sua aplicação é instituída desde a admissão do paciente, conferindo dados tais como o estado admissional do paciente, bem como seu prognóstico, de forma que estas informações forneçam suficiente causa tanto para internação quanto para sua possível alta e saída da unidade de terapia intensiva.
Este índice também visa realizar um acompanhamento evolutivo do paciente mediante ao tratamento aplicado, a partir daí são analisados os avanços de forma comparativa entre outros pacientes internados na UTI submetidos a diversas terapêuticas. Levando-se em consideração o custo-benefício de alguns procedimentos em determinadas fases patológicas, toda esta análise visa uma avaliação do atendimento fornecido nas UTI e seu desempenho, faz uma comparação com outras unidades de terapia intensiva buscando verificar níveis de mortalidade e de morbidade esperados dentro deste processo analítico, buscando por fim a otimização dos atendimentos nestas unidades hospitalares, entrando em questão também os conceitos éticos que devem estar inseridos no cotidiano do profissional que promove o atendimento aos pacientes críticos.
Por meio da inserção do SAPS 3 podemos melhorar a forma como são coletadas as informações obtidas para fins de análise do prognóstico bem como de toda a evolução do paciente que possui certo grau de criticidade, de modo que possamos acompanhar sua evolução dentro da unidade de terapia intensiva, onde podem ser comparados tais dados paralelamente com outras UTIs de outros países, verificando assim, onde podem ser melhoradas as iniciativas voltadas para a melhora do atendimento nestas unidades e por conseguinte minimizar a mortalidade juntamente com a morbidade de pacientes críticos internados nas UTIs. E embasados em alguns destes estudos realizados podemos verificar que na América do Sul e na América Central houve uma calibração não tão satisfatória, porém estudos realizados no Brasil apresentaram um bom poder discriminatório relacionado à mortalidade, juntamente com uma estimativa mais aproximada dos valores ditos como

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
 
1- TRANQUITELLI, Ana Maria. Rev Esc Enferm USP: Sistemas de classificação de pacientes como instrumentos de gestão em Unidades de Terapia Intensiva. 41(1):141-6, 2007.

2-TSA, João Manoel Silva Junior. Rev Bras Anestesiol: Aplicabilidade do Escore Fisiológico Agudo Simplificado (SAPS 3) em Hospitais Brasileiros. 60: 1: 20-31, 2010.

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