quinta-feira, 3 de maio de 2012

O uso da ventilação Protetora Pulmonar - Pós-graduanda: Ádria Marques




No pulmão com lesão pulmonar aguda (LPA), a ventilação mecânica protetora pulmonar é a tecnica ventilatória atualmente mais utilizada principalmente no manejo da LPA/SARA (síndrome da angústia respiratória aguda) esta estratégia utiliza: menores volumes correntes e maior controle de pressões de vias aéreas e ao mesmo tempo permissiva em relação à tolerância de hipercapnia alguns trabalhos importantes, utilizando limite de pressão e de volume, associados a níveis moderados de PEEP, demosntraram: significativa redução da mortalidade na SARA/LPA a tendência atual, ao se ventilar pacientes com  LPA/SARA, é de utilizar: volumes correntes menores, limitar as pressões de pico (máxima) e platô para evitar baro e volutrauma associar níveis adequados de PEEP.
No principal desses estudos, o ARDS Network 18, comparou-se o uso de um volume corrente baixo (6 mL.kg-1 peso corporal previsto) e alto (12 mL.kg-1 peso corporal revisto). O uso de VC baixo com uma pressão de platô máxima de 30 cm H2O resultou em mortalidade intra-hospitalar menor (31% versus 39%) e um número menor de dias na ventilação mecânica.

Fig. I - A) Tomografia Computadorizada de um paciente com SDRA e Fotomicrografias do tecido pulmonar mostrando B) a distribuição heterogênea da lesão pulmonar com relativa preservação da região não-dependente e C) infiltrado inflamatório , edeme, exsudatos e atelectasia na região dependente.

Durante o uso de ventilação protetora na SARA, o surgimento de hipercapnia e acidose respiratória podem ser esperados como parte dessa abordagem. Essa alteração, quando prevista, é chamada de hipercapnia permissiva. Na tentativa de se compensarem essas alterações, pode-se tentar o uso de frequências respiratórias mais elevadas. A queda do pH até 7,15 geralmente é bem tolerada, com nenhuma ou pequenas mudanças no débito cardíaco e na pressão arterial.
O uso de ventilação mecânica na posição corporal prona durante a SARA parece melhorar a oxigenação e o recrutamento alveolar, mas não se viu benefício na mortalidade 21.A posição prona melhora a relação ventilação/perfusão se as unidades alveolares mais acometidas estiverem em posição dependente. Vale lembrar que a ventilação nessa posição pode ter como complicação extubação inadvertida e perda de acessos venosos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1- SEIBERLICH, E; SANTANA, J, A; CHAVES, R, A; SEIBERLICH, R, C. Ventilação Mecânica 
2- Protetora, Por Que Utilizar?. Rev Bras Anestesiol  ARTIGO DE REVISÃO.2011

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