Nossa empresa nasceu com o objetivo de garantir o acesso pleno tanto aos acadêmicos como aos profissionais já formados na área da saúde aos cursos mais relevantes para a atualização e crescimento profissional. Nossa pós graduação em fisioterapia intensiva, garante a dupla certificação aos pos graduandos.
segunda-feira, 31 de janeiro de 2011
Sarney afirma que sem consenso proposta do Ato Médico não terá urgência
ATUAÇÃO DO FISIOTERAPEUTA NA UTI
ATUAÇÃO DO FISIOTERAPEUTA NA UTI
A |
Unidade de Terapia Intensiva (UTI) caracteriza-se como um local para o adequado tratamento de indivíduos acometidos por distúrbio ou instabilidade clínica e o com potencial de gravidade importante. Esta unidade terapêutica é um ambiente de alta complexidade destinada a pacientes em estado crítico que apresentam descompensação de um ou mais sistemas orgânicos que necessitam de um rigoroso sistema de monitorização contínua e ao mesmo tempo permite que os mesmos recebam uma rápida abordagem terapêutica. A equipe que atua e presta atendimento neste local é multiprofissional, e é constituída por: médicos, enfermeiros, fisioterapeuta intensivista, nutricionistas, psicólogos e assistentes sociais.
Neste contexto o fisioterapeuta intensivista desempenha um papel importantíssimo, pois é dele a responsabilidade, de uma visão complexa e geral do paciente, ou seja, ele detém amplo conhecimento e prática do funcionamento do sistema respiratório, bem como, de todas as atividades que se correlacionem com a otimização ventilatória do individuo internado na UTI. O papel principal do fisioterapeuta intensivista é auxiliar na manutenção das funções vitais de diversos sistemas corporais, pois é atuante tanto na prevenção e/ou no tratamento das doenças cardiopulmonares, circulatórias e musculares, reduzindo assim o índice de possíveis complicações clínicas. Também atua na melhora do suporte ventilatório, através da monitorização contínua dos gases que entram e saem dos pulmões, respectivamente, PaO2 e PaCO2, ajustes nos respiradores artificiais para adequar o paciente a uma ventilação mais “fisiológica” quando este é submetido à ventilação mecânica invasiva. O fisioterapeuta também possui o objetivo de trabalhar a força muscular acometida, diminuir a retração de tendões e evitar os vícios posturais que podem provocar contraturas e úlceras de pressão no ambiente de terapia intensiva.
O intensivista no ambiente de terapia intensiva, conta com auxilio de diversas técnicas e recursos terapêuticos que podem ser aplicados em diversas fases do tratamento e de acordo com a clínica do paciente que no ambiente de UTI são mais suscetíveis as patologias do trato respiratório. Dentre eles podemos citar: técnicas de higiene e desobstrução brônquicas pulmonares: Drenagem postural, vibrocompressão, tosse dirigida, glossopulsão retrógrada (lactentes), aumento do fluxo expiratório (AFE), técnica de expiração forçada, drenagem autógena, expiração lenta total com a glote aberta (ELTGOL), e em casos de pacientes que não conseguem tossir ou expelir naturalmente o acúmulo de secreção pulmonar é realizada a aspiração traqueobrônquica seja através de tubo orotraqueal e traqueostomia ou nasotraqueal e orotraqueal. Técnicas de expansão pulmonar: exercícios diafragmáticos, reequilíbrio toraco-abdominal, inspiração profunda, inspiração em tempos com ou sem pausa inspiratória, exercícios de expansão torácica localizada, espirometria de incentivo, instituição de ventilação mecânica não-invasiva através de respiração com pressão positiva dentre elas RPPI, CPAP e Bi-level, técnica esta que promove conforto para o paciente, redução do trabalho respiratório, melhora nas trocas gasosas e aumento de volumes e capacidades pulmonares quando aplicada de forma correta.
Cabe ao profissional intensivista também o uso de manobras ventilatórias como as de compressão e descompressão torácica e direcionamento de fluxo aéreo, orientações quanto aos exercícios respiratórios e músculos-esqueléticos, utilização de instrumentos que auxiliam nestas terapêuticas como: Respiron, EPAP, Shaker/Flutter, Threshold e implementação da oxigenoterapia empregada através de cateter nasal ou máscaras faciais que é indicada e acompanhada através de avaliações gasométricas diárias. Monitorização gráfica em pacientes em VMI observando a necessidade e clínica dos pacientes para a necessidade de mudança dos parâmetros ventilatórios e para avaliação da extubação (retirada do tubo orotraqueal e interrupção da ventilação mecânica) ou desmame do suporte ventilatório.
Neste contexto, as vantagens de se ter um fisioterapeuta especialista em terapia intensiva em sua equipe multidisciplinar: É de suma importância, visto que se evidencia a redução de complicações do quadro respiratório e muscular, redução do sofrimento dos pacientes, permite a liberação mais precoce dos pacientes e assegura vagas dos leitos hospitalares. A atuação profissional também reduz de forma significativa os riscos de infecção hospitalar e das vias aéreas respiratórias, proporciona economia nos recursos financeiros que seriam usados na compra de antibióticos e outros medicamentos de alto custo. Diante disso, a atuação do fisioterapeuta especialista nas unidades de terapia intensiva implica em benefícios principalmente para os pacientes, mas também para o custo com a saúde de forma geral.
ROSIANE BENTES PINTO, Especializanda de Terapia Intensiva, FCECON, Sociedade Brasileira de Terapia Intensiva- SOBRATI.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
- Fisioterapia Respiratória no Paciente Critico: Rotinas clínicas; Geoger Jerre Vieira Sarmento, 2ª Ed- Barueri, SP: Manole, 2007.
- O ABC da Fisioterapia Respiratória; Geoger Jerre Vieira Sarmento; Barueri, SP: Manole, 2009.
- Fisioterapia Respiratória/Uma Nova Visão: Bruno Lombaerde Varella Presto; Luciana Damázio de Noronha Presto, RJ: Copyright, 2003.
- Exercícios Terapêuticos/ Fundamentos e Técnicas: Carolyn Kisner; MS; FT; Lynn Allen Colby. 4ª Ed, SP: Manole, 2005.
- Medicina de Reabilitação: Lianza Sergio. 4ª Ed, RJ: Guanabara Koogan, 2007.
- Fisioterapia Avaliação e Tratamento: Susan O’ Sullivan, Thomas J Schinitz: 4ª, SP: Manole, 2004.
- Fisioterapia Respiratória em Unidades de Terapia Intensiva. SP: Panamericana, 1994.
- www. Associação Brasileira de Fisioterapia Cardiorrespiratória e Fisioterapia Intensiva – ASSOBRAFIR.
- www. Fisiointensiva.com.br
- www.coffito.org.br
- www.medicinaintensiva.com.br
domingo, 30 de janeiro de 2011
AUTO PEEP E REPERCUSSÕES CARDIOVASCULARES
Aumenta, também, a pressão intracraniana e compromete a função renal. Do mesmo modo que a PEEP aplicada, a auto-PEEP pode ter efeitos hemodinâmicos adversos, produzindo leituras falsas das pressões das câmaras cardíacas e dos vasos pulmonares.
domingo, 23 de janeiro de 2011
O sistema fechado de aspiração traqueal TRACH-CARE, é um sistema para realizar aspirações traqueais. É adaptado ao tubo orotraqueal ou à cânula de traqueostomia. O produto consta de uma sonda de aspiração traqueal que é inserida numa manga plástica e conectada diretamente ao paciente, de maneira que ele pode ser aspirado seguidamente sem necessidade de interrupção da ventilação mecânica e sem abertura do sistema para o ambiente. Tem como objetivo aspirar a secreção traqueal do paciente crítico, pois permite a limpeza do muco brônquico sem desconectar o enfermo do respirador dessa forma não há despressurização da via aérea. Suas Vantagens são
o menor risco de hipoxemia, arritmias e de contaminação e deve ser preferido, principalmente em situações nas quais são usados valores de peep elevados, como na lesão pulmonar aguda. Entretanto, suas desvantagens são condensações de água no sistema, dificuldade de uso e diminuição na efetividade da aspiração.
CABRAL, Alcirene; OLIVEIRA, Hebe. Técnica de aspiração de sistema aberto em pacientes traqueostomizados e intubados. Serviço de Controle de Infecção Hospitalar Conjunto Hospitalar de Sorocaba. Abril 2008.
EMIDIO, Rosane; BEZERRA, Marcele et al. Sistema Aberto de aspiração X Sistema Fechado de aspiração: Uma vivência das acadêmicas de enfermagem de um hospital municipal do Rio de Janeiro. 61º Congresso Brasileiro de Enfermagem.
PAGOTTO, Izabela; OLIVEIRA, Luiz; et al. Comparação entre os sistemas aberto e fechado de aspiração: Revisão sistemática. Rev. Bras. Ter. Intensiva; 20(4): 331 – 338, out – dez. 2008. Acessado 20 jan. 2011 as 15h:10min. Site: HTTP://bases.bireme.br/cgi-bin/
LOPES, Fernanda; LOPEZ, Marcelo. Impacto do Sistema de aspiração traqueal Aberto e Fechado na incidência de pneumonia associada à ventilação mecânica: Revisão de Literatura. Rev. Bras. Ter. Intensiva.; 21(1): 80- 88, Abr – Jan. 2009.
CARVALHO, Werther; et al. Análise Comparativa dos Sistemas de Aspiração Traqueal Aberto e Fechado. Rev. Assoc. Med. Bras. Vol53 no.2 SP Mar./Abr.2007. Acessado 20 jan. 2011 as 14h:00min. Site: HTTP://www.scielo.br/scielo.?script=sci_a
Resenha produzida pela especializanda: Bárbara Lira Bahia - Fcecon
sábado, 22 de janeiro de 2011
A influência da fisioterapia respiratória sobre a pressão intracraniana
A influência da fisioterapia respiratória sobre a pressão intracraniana
Na unidade de terapia intensiva uma das principais preocupações com um paciente neurológico é a elevação da pressão intracraniana (PIC). Eles precisam de monitoração constante da pressão intracraniana e de cuidados adequados para tal especificidade, pois o mesmo em virtudes de disfunção primária pode vim a apresentar alterações secundárias, como por exemplo, a alteração hemodinâmica, que prolongue seu período de internação na UTI (TOLEDO et al, 2008).
A hipertensão intracraniana é uma entidade clínica que pode acometer os pacientes com determinadas doenças de base, como o traumatismo cranioencefalico grave. A regulação da PIC em seus valores normais é de suma importância, já que a mesma está intimamente ligada com o fluxo sanguíneo cerebral. O fluxo sanguíneo cerebral responde a variação de pressão de perfusão cerebral que é determinada através da diferença entre a pressão arterial média e a PIC. Dessa forma, quando o fluxo sanguíneo não está adequado é indicativo de que o encéfalo não esta bem perfundido, ou seja, suscetível à isquemia (SCHWAN et al, 2009).
Perante este fato de grande importância, alguns autores realizaram estudos na tentativa de demonstrar como seria o comportamento da PIC durante fisioterapia respiratória e aspiração endotraqueal.
Durante o procedimento de aspiração endotraqueal ocorreu aumento significativo da PIC, devido o reflexo de tosse. Após um período de repouso, A PIC retorna a valores de normalidade (THIESEN et al, 2005). A aspiração traqueal sempre que necessária, deve ser realizada, se possível, com circuito fechado; quando não for possível e for realizada em circuito aberto deve ser cautelosa e rápida, pois há a elevação da PIC (SCHWAN et al, 2009).
De acordo com estudos relacionados, manobras de higiene brônquica podem causar aumento transitório da PIC, porém não chega a causar efeitos deletérios a pressão de perfusão cerebral quando há equilíbrio entre a PIC e a pressão arterial media. A monitorização é a indispensável durante qualquer procedimento com pacientes susceptíveis a alterações da PIC, promovendo maior segurança (THIESEN et al, 2005).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
THIESEN, R. A., DRAGOSAVAC, D., ROQUEJANI, A., FALCÃO, A. L. E., ARAUJO, S., DANTAS FILHO, V. P., OLIVEIRA, R. A. R. A., TERZI, R. G. G. Influência da fisioterapia respiratória na pressão intracraniana em pacientes com traumatismo craniencefálico grave. In Arquivo neuropsiquiatra, v.63, n. 1, p.110-113, março 2005.
TOLEDO, C., GARRIDO, C., TRONCOSO, E., LOBO, S. M. Efeitos da fisioterapia respiratória na pressão intracraniana e pressão de perfusão cerebral no traumatismo cranioencefálico grave. In Revista Brasileira de Terapia Intensiva, v.20, n. 4, p. 339-343, 2008.
SCHWAN, G., SARAIVA, C. A. S. Pressão intracraniana, pressão arterial média e fluxo sanguíneo cerebral de um paciente neurológico durante atendimento fisioterapêutico na UTI. In Fisioterapia Brasil, v.10, n.1, Janeiro/Fevereiro 2009.
Especializanda Débora Rodrigues