sábado, 22 de janeiro de 2011

A influência da fisioterapia respiratória sobre a pressão intracraniana


A influência da fisioterapia respiratória sobre a pressão intracraniana

Na unidade de terapia intensiva uma das principais preocupações com um paciente neurológico é a elevação da pressão intracraniana (PIC). Eles precisam de monitoração constante da pressão intracraniana e de cuidados adequados para tal especificidade, pois o mesmo em virtudes de disfunção primária pode vim a apresentar alterações secundárias, como por exemplo, a alteração hemodinâmica, que prolongue seu período de internação na UTI (TOLEDO et al, 2008).

A hipertensão intracraniana é uma entidade clínica que pode acometer os pacientes com determinadas doenças de base, como o traumatismo cranioencefalico grave. A regulação da PIC em seus valores normais é de suma importância, já que a mesma está intimamente ligada com o fluxo sanguíneo cerebral. O fluxo sanguíneo cerebral responde a variação de pressão de perfusão cerebral que é determinada através da diferença entre a pressão arterial média e a PIC. Dessa forma, quando o fluxo sanguíneo não está adequado é indicativo de que o encéfalo não esta bem perfundido, ou seja, suscetível à isquemia (SCHWAN et al, 2009).

Perante este fato de grande importância, alguns autores realizaram estudos na tentativa de demonstrar como seria o comportamento da PIC durante fisioterapia respiratória e aspiração endotraqueal.

Durante o procedimento de aspiração endotraqueal ocorreu aumento significativo da PIC, devido o reflexo de tosse. Após um período de repouso, A PIC retorna a valores de normalidade (THIESEN et al, 2005). A aspiração traqueal sempre que necessária, deve ser realizada, se possível, com circuito fechado; quando não for possível e for realizada em circuito aberto deve ser cautelosa e rápida, pois há a elevação da PIC (SCHWAN et al, 2009).

De acordo com estudos relacionados, manobras de higiene brônquica podem causar aumento transitório da PIC, porém não chega a causar efeitos deletérios a pressão de perfusão cerebral quando há equilíbrio entre a PIC e a pressão arterial media. A monitorização é a indispensável durante qualquer procedimento com pacientes susceptíveis a alterações da PIC, promovendo maior segurança (THIESEN et al, 2005).

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

THIESEN, R. A., DRAGOSAVAC, D., ROQUEJANI, A., FALCÃO, A. L. E., ARAUJO, S., DANTAS FILHO, V. P., OLIVEIRA, R. A. R. A., TERZI, R. G. G. Influência da fisioterapia respiratória na pressão intracraniana em pacientes com traumatismo craniencefálico grave. In Arquivo neuropsiquiatra, v.63, n. 1, p.110-113, março 2005.

TOLEDO, C., GARRIDO, C., TRONCOSO, E., LOBO, S. M. Efeitos da fisioterapia respiratória na pressão intracraniana e pressão de perfusão cerebral no traumatismo cranioencefálico grave. In Revista Brasileira de Terapia Intensiva, v.20, n. 4, p. 339-343, 2008.

SCHWAN, G., SARAIVA, C. A. S. Pressão intracraniana, pressão arterial média e fluxo sanguíneo cerebral de um paciente neurológico durante atendimento fisioterapêutico na UTI. In Fisioterapia Brasil, v.10, n.1, Janeiro/Fevereiro 2009.

Especializanda Débora Rodrigues

www.sobratimanaus.com

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