sábado, 2 de outubro de 2010

Fisioterapia Intensiva: A nova especialidade

Fisioterapia Intensiva: A nova especialidade.


Especializandos em fisioterapia intensiva da sobrati/Manaus em aula teórico-prática

Nas últimas décadas as Unidades de Terapia Intensiva (UTI) têm se tornado uma concentração não somente de pacientes críticos, e de tecnologia avançada, mas também de uma equipe multiprofissional experiente com competências específicas. Sendo assim, a atuação do fisioterapeuta com o paciente crítico teve seu inicio no mundo na década de 50, onde o seu foco era a assistência ventilatória não invasiva e durante vários anos, a abordagem do fisioterapeuta em uma unidade de terapia intensiva era limitada a uma intervenção respiratória e que muitas vezes não solicitava a presença 24 horas desse profissional.

No Brasil a fisioterapia intensiva foi iniciada pelo médico intensivista Dr. Douglas Ferrari, presidente-fundador da Sociedade Brasileira de Terapia Intensiva (Sobrati). ( Projeto Aprovado na Resolução 043 de 17 de abril de 2002 na 98a Plenária realizada nos dias 03 e 04 de abril de 2002, através do primeiro Projeto Nacional com a denominação e estrutura pedagógica da Fisioterapia Intensiva, autor Ferrari D., Instituição Santa Cruz, então coordenador técnico da UTI na época).

A importância do fisioterapeuta intensivista é reconhecida na Portaria do MS (MINISTÉRIO DA SAÚDE), a qual prevê sua obrigatoriedade em regime exclusivo de 12 horas nas UTIs. Porém, para oferecer aos pacientes uma assistência com qualidade e interferir para o bom prognostico e qualidade pós-internação, o fisioterapeuta precisa adquirir um conhecimento teórico e pratico, portanto a formação específica em Fisioterapia Intensiva é fundamental.

Então, em 2001, o COFFITO reconheceu os primeiros cursos de Fisioterapia Intensiva, com atuação exclusiva em Unidades de terapia intensiva e semi-intensiva. Sendo de caráter obrigatório que todos profissionais sejam submetidos à aprovação do SAFI e recomenda-se o ACLS Advanced Cardiologic Life Support para ser portador do título de especialista em Fisioterapia Intensiva.

O curso de especialização em Fisioterapia Intensiva é ministrado pela SOBRATI há quase 11 anos e a partir de suas regionais espalhadas por todo o Brasil, formam especialistas habilitados e cuja competência é reconhecida nacionalmente e internacionalmente. Na região Norte, contamos hoje com a regional da Sobrati em Manaus sob diretoria regional do Fisioterapeuta Daniel Xavier onde a partir da chancela da SOBRATI-Sociedade Brasileira de Terapia Intensiva e do COFFITO- Conselho federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (Portaria 043 de 17 de Abril de 2002) além da Portaria nº 908/98 do Conselho Nacional de Educação, garantem a confiabilidade e credenciais necessárias para a formação de especialistas em fisioterapia intensiva na região norte do país.


Especializandos em atendimento nos Hospitais conveniados (FCECON,FMTAM,Platão Araújo e 28 de Agosto)

Hoje, o conceito de fisioterapeuta intensivista se tornou uma realidade profissional, em que estes se tornaram capazes de abranger toda a plenitude da necessidade de um paciente, que não se resume apenas no foco do ventilador mecânico, e sim na visão mais completa do paciente crítico, que exige uma maior complexidade nos processos diagnósticos, terapêuticos e também preventivos.

O profissional atua de maneira complexa no amplo gerenciamento do funcionamento do sistema respiratório e de todas as atividades correlacionadas com a otimização e manutenção da função ventilatória, motora intensiva, neurológica, metabólica e cardiovascular, com atuação específica na Parada Cárdiorrespiratória, transporte intra-hospitalar e atendimento emergencial - pronto socorro. Cabe a ele também, análise dos exames complementares, interação medicamentosa, humanização, atuação na equipe multidisciplinar, atuação na analgesia, e é sua função elaborar o prontuário fisioterapêutico com os diagnósticos e tratamentos funcionais e finalização de alta.

Assim, o fisioterapeuta intensivista oferece uma melhora significativa de indicadores de qualidade assistencial, tais como: morbidade, mortalidade e taxa de permanência, representando ganhos funcionais importantes e otimizando a relação custo-benefício da assistência.

Especializanda: Nayara Sakai
Revisado e editado por: Daniel Xavier

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