quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Aspiração das Vias Aéreas, em pacientes no TOT ou TQT na UTI- adulto do Hospital Platão Araújo

Especializandas da SOBRATI Manaus no Hospital Dr. Platão Araújo sob orientação do preceptor Marcos Vinícius, coordenador regional Daniel Xavier

A aspiração, na prática, também é conhecida como higiene brônquica ou toalete brônquica. Sua principal função é retirar as secreções brônquicas das Vias Aéreas (VA) centrais de pacientes que possuam sua tosse pouco eficaz ou ineficaz, por meio de um vácuo onde a pressão deve ser no máximo de 150 mmHg.

A aspiração traqueal é indicada para pacientes intubados e está diretamente relacionada a secreção visível no TOT ou TQT, roncos na ausculta pulmonar e/ou a alteração da curva fluxo-volume com padrão serrilhado.

A manobra quando realizada é incomoda para o paciente, porém resulta em maiores benefício, pois o acúmulo anormal de secreções nas VA pode levar a infecções pulmonares quando não é expectorado e, além disso, a permanência da obstrução nas VA centrais pode gerar hipoxemia, dessaturação, hipoventilação e até mesmo uma parada cardiorrespiratória.

Os cuidados que o fisioterapeuta deve observar antes de se iniciar a aspiração são:

• Elevação da cabeceira > 30º para evitar broncoaspiração de secreções gástricas.
• Aumento da FIO2 a 100 % antes da técnica, pois a redução CRF pode desenvolver atelectasias e comprometer as trocas gasosas e após a técnica retornar a valores normais.
• Desligar bomba infusora de dieta para evitar broncoaspiração.

As vias de acesso pra aspiração são três: traqueal (TQT ou TOT), nasal e oral. E, para realizá-la são necessários: uma sonda traqueal e par de luvas estéreis.

Inicialmente, abre-se o lacre da sonda traqueal, ajusta a pressão do vácuo, ajusta FIO2 na VM, calça-se a luva estério onde o fisioterapeuta com sua mão dominante serão responsáveis em segurar e assegurar a total esterilidade da sonda traqueal e sua mão não dominante é responsável pela abertura e fechamento do vácuo. Mediante a isto se introduz a sonda no interior das VA por aproximadamente 10-15 segundos sem exceder esse tempo. Caso haja, resistência ou rolhas durante o procedimento não se deve tentar ultrapassa-lá, a fim de evitar lesões traqueais, mas podemos instilar aproximadamente 5 ml de soro fisiológico para auxiliar na remoção de secreção espessa e para estimulo da tosse no paciente. Retira-se a sonda sem a necessidade de girá-la. Fecha-se o vácuo quando a sonda estiver fora das VA, aspira-se a via oral e nasal. Por conseguinte descarta todos os materiais utilizados na aspiração.

As precauções durante a aplicação da técnica são:

• Pacientes com PIC poderão acarretar aumento da mesma, portanto, utiiza-se a técnica quando é de extrema necessidade.
• Em pacientes asmáticos pode precipitar uma crise de broncoespasmo por conta da hiperatividade brônquica.

Complicações: trauma mecânico das vias aéreas, hipoxemia/hipoxemia, arritimia cardíaca, bradicardia, aumento da P.A, parada respiratória, vômitos, espasmo de laringe, broncoespasmo, infecções nosocomial, aumento da PIC.

As contra-indicação são coagulopatia, laringoespasmo e via aérea irritável entre outros.

Especializandas: Helena Barbosa, Patrícia Rocha e Samara Maman

2 comentários:

  1. muito bom esse assunto foi otimo,foi abordado de forma simples e objetiva, gostei e estão de parabens todos voces.

    Ronaldo Ruas ruasronaldo@yahoo.com.br

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  2. Olá bom dia.
    A obrigação de àspirar o paciente afinal é de quem?
    Enfermagem, Fisioterapia ou da medicina?

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