A fisioterapia Intensiva baseada em evidências
A fisioterapia tem como uma de suas diretrizes deontológicas a escolha de métodos avaliativos e terapêuticos baseados no que rege a literatura científica atual. Seguindo este raciocínio, a fisioterapia nos serviços de terapia intensiva não deve se pautar no simples empirismo, e sim em condutas cientificamente experimentadas para que a abordagem escolhida seja a que produza melhores resultados e ofereça o menos risco possível de complicações.
O fisioterapeuta tem ganhado cada vez mais espaço nos serviços de terapia intensiva, sendo o seu papel essencial na manutenção e recuperação das funções respiratórias, entre outras. Dado este quadro, é cada vez mais necessária a busca pelo conhecimento nesta área, ainda pouco difundida, buscando assim consolidar este espaço conquistado.
No ramo da pesquisa em terapia intensiva, a fisioterapia tem começado a se desenvolver. Esta área, antes dominada pela medicina, podendo destacar as pesquisas em anestesiologia e fisiologia, agora tem alcançado outras áreas. Desta forma, a fisioterapia sai da condição passiva para produzir conhecimento, participando assim da construção de protocolos de atendimento a pacientes em unidades de terapia intensiva. Deve-se lembrar que a pesquisa tem, também, como utilidade, demosntrar a necessidade e eficiência da fisioterapia, o que certamente dará maior visibilidade a esta ciência e poderá abrir mais espaço para os profissionais da área.
Os esforços para se traçar protocolos adequados podem ser observados quando se pesquisa a literatura atual. Estudos como as revisões de literatura, revisões sistemáticas, e metanálise são instrumentos que podem ser usados para a construção do raciocínio clínico, já que tais modalidades são conclusões sobre vários estudos já realizados, dando maior embasamento à terapia aplicada. Outros tipos de instrumentos que podem ser utilizados com segurança são os documentos que surgem após discussão de cúpulas científicas, os chamados consensos. Um grande exemplo desta modalidade é consenso de ventilação mecânica que, atualmente em sua terceira versão, tem sido utilizada como instrumento de consulta para os profissionais atuantes na área.
Referencial Bibliográfico:
-ARCÊNCIO L. et al - Cuidados pré e pós-operatórios em cirurgia cardiotorácica: uma abordagem fisioterapeutica. Rev. Bras Cir. Cardiovasc 2008; 23(3): 400-410;
-VIEIRA JE, SILVA BAR, GARCIA Jr D. - Padrões de Ventilação em Anestesia. Estudo restrospectivo. Revista Brasileira de Anestegiologia. Vol. 52, nº6, Novembro - Dezembro, 2002;
-GUIZILINI S. et al. Avaliação da Função Pulmonar em Pacientes Submetidos à Cirurgia de Revascularização do Miocárdio com e sem Circulação Extracorpórea. Braz J. Cardiovasc Surg 2005; 20(3): 310-316
-COFFITO. Diretrizes Deontológicas de Fisioterapia e Terapia Ocupacional;
- III Consenso de Ventilação Mecânica.
Resenha produzida por Jonathas Gonçalves da Costa - Especializando em Fisioterapia Intensiva
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