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Em Manaus, ao contrário do que se acreditava anteriormente, a fisioterapia intensiva, uma especialidade cujo objetivo fundamental é o de prover qualidade assistencial ao paciente criticamente enfermo, vem alcançando patamares antes inimagináveis. As Unidades de Tratamento Intensivo (UTI), rotineiramente vem experimentando cada vez mais o fisioterapeuta intensivista enquanto um componente indispensável na completa reabilitação dos pacientes internados e reconhecendo a relevância da inserção desta classe profissional na equipe interdisciplinar.
Seja em Hospitais públicos ou privados, essa classe altamente especializada de profissionais se faz presente levando qualidade e profissionalismo no trato dos pacientes cuja complexidade de seu quadro exige uma formação ampla e um nível de conhecimento que ultrapassa o abordado apenas pela fisioterapia. Essa nova gama de conhecimentos disponíveis aliado ao constante desenvolvimento e aperfeiçoamento de novas tecnologias médicas contribui sobremaneira na formação desse especialista.
A partir de uma avaliação e monitorização beira-leito criteriosa que inclui além da avaliação padrão ao paciente crítico, conhecimentos aprofundados sobre a ventilação mecânica, oxigenoterapia, mecânica do sistema respiratório, leitura de exames laboratoriais e interpretação de imagens municiam o fisioterapeuta intensivista para a correta tomada de decisão acerca da sua terapêutica. Diante desses dados, o profissional capacitado tem um vislumbre único não apenas do quadro geral do paciente, mas uma noção real do prognóstico do mesmo e o que representa sem dúvida uma das maiores conquistas desse novo profissional o que ratifica a maturidade profissional embasada no conhecimento técnico-científico.
Seu papel antes assistencial, agora lança lampejos de não mais co-adjuvante, mas protagonista nessa luta árdua que constitui a perpetuação da vida humana. Nosso respeito profissional e nossa colocação perante as demais classes profissionais dependem exclusivamente da nossa desenvoltura e presteza diante das inúmeras situações emergenciais presenciadas no dia-a-dia em um ambiente tão complexo como a UTI.
Entre os papeis desempenhados pelo fisioterapeuta intensivista, destacam-se sua atuação frente a situações críticas como a parada cardiorrespiratória, onde sua responsabilidade não mais se resume apenas a ventilação e a oxigenação do paciente, mas como um elemento diferencial na prestação de inestimável auxílio aos demais componentes da equipe interdisciplinar. Para tanto, o profissional deve ser treinado e capacitado no suporte básico e avançado de vida o que fatalmente contribuirá diretamente sobre a sobrevida ou reversão de tal emergência clínica.
Durante a Intubação oro traqueal (IOT), a tomada de decisões passará invariavelmente pelo fisioterapeuta intensivista onde em consenso com os demais elementos da equipe, ajustará os elementos que proverão a assistência ventilatória, a ventilação e oxigenação do paciente. Auxiliando o médico intensivista e o enfermeiro intensivista, o fisioterapeuta intensivista, atuará de forma direta durante o processo de IOT de forma que a atuação da equipe transcorra sem maiores percalços e o objetivo fim seja alcançado.
O manejo do ventilador mecânico como um instrumento auxiliar na resolução dos problemas apresentados in loco pelo paciente, bem como as devidas resoluções nos distúrbios ácido-básicos, complementam o trabalho relevante desse novo profissional. Destacamos também os instrumentos existentes e cuja aplicabilidade implementa as ações do fisioterapeuta intensivista, entre eles destacamos: o uso do cuffômetro, como instrumento de prevenção da Pneumonia associada à ventilação mecânica (PAV), o manovacuômetro, para mensuração da força muscular e conseqüente coleta de dados para o treinamento do fortalecimento muscular, contribuindo para a redução do tempo de permanência na UTI e do tempo de ventilação mecânica, o uso da prancha ortostática de forma a colaborar com o efeito ventilação/perfusão, mobilização precoce, descarga de peso, prevenção de TVP entre outras e o uso da bicicleta passiva.
Concluímos, portanto, que o profissional que atua diretamente com pacientes criticamente enfermos dispõe de diversos recursos a sua disposição e onde a partir de um embasamento teórico consiga prover o paciente com os melhores existentes atualmente.Autor: Daniel Xavier
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