A atelectasia ou colapso pulmonar é uma condição fisiopatológica em que há diminuição ou abolimento da ventilação em um segmento ou em toda porção pulmonar.
É ocasionada por uma obstrução de um brônquio ou pulmão, por uma distensão pulmonar inadequada ou depleção do surfactante, este quadro pode levar a uma insuficiência respiratória, parada cardiorrespiratória e até o óbito.
A fisioterapia atuará na desobstrução destas estruturas e na reinsuflação de áreas colapsadas restaurando assim a ventilação pulmonar. As manobras fisioterapeuticas de higiene brônquica, como a drenagem postural e a vibrocompressão, deslocam e modificam a consistência das secreções desobstruindo as vias para o fluxo de ar e as técnicas de reexpansão irão reinsulflar as zonas antes ocupadas ou colabadas por conta das secreções, desta forma há diminuição do trabalho respiratório do paciente e do espaço shunt, aumento do volume corrente (vc) e das unidades alveolares funcionais alterando positivamente a relação v/q. Entretanto a área que irá apresentar o maior ganho v/q será a zona apical onde a perfusão é menor (Zona 1 de West) em relação a base, já que aquela zona apresentará um resistência ao fluxo mais baixa. É também em base que ocorre o maior número de atelectasia por obstrução secretiva.
Em pacientes sob ventilação mecânica o fisioterapeuta intensivista deverá ajustar o valor de Peep ≅ 5 cmH2O ocasionando a reabertura dos alvéolos colapsados e recrutamento de unidades adicionais no lado contralateral, haverá desta forma aumento do volume corrente, da complacência pulmonar e otimização na relação V/Q. A melhora também ocorre pela diminuição do FiO2 já que valores acima de 60% por um período maior de 24hs são lesivos ao paciente, o fisioterapeuta é responsável por acompanhar as alterações destes ajustes e adequá-los a partir do quadro clínico de cada paciente.
Esp. Andrezea Santos de Souza
Esp. Jameson Solimões da Silva
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