sexta-feira, 28 de outubro de 2011

A FISIOTERAPIA EM TERAPIA INTENSIVA : COFFITO RATIFICA RESOLUÇÃO 43 de 17 DE ABRIL DE 2002, RECONHECENDO O FISIOTERAPEUTA INTENSIVISTA

A FISIOTERAPIA EM TERAPIA INTENSIVA : COFFITO RATIFICA RESOLUÇÃO 43 de 17 DE ABRIL DE 2002, RECONHECENDO O FISIOTERAPEUTA INTENSIVISTA

Ji - Jornal do Intensivista - Da Redação

Quase vinte anos após o CFM ter reconhecido a especialidade médica em Terapia Intensiva (1992) e 17 anos após o COFEN ter reconhecido a Enfermagem em Terapia Intensiva, o COFFITO reconhece a nova especialidade Fisioterapia em Terapia Intensiva. A SOBRATI manifestou-se feliz por esta conquista e a sua luta iniciada nas salas de aula em todo país onde, desde 2001, lançou o primeiro Projeto Nacional em Fisioterapia Intensiva e reconhecido em todo país com a formação de fisioterapeutas intensivistas da mais alta qualidade, dedicação e com formação moral e humana. Foram mais de 1000 profissionais titulados que engrossaram as suas fileiras de especialistas. Criticas no país não faltaram, pois estavam implementando um novo modelo, porém muito elogiado internacionalmente por expoentes da Terapia Intensiva mundial. Salientam que não podem deixar de agradecer a figura importante do Dr.Azeredo que deu início aos trabalhos em ventilação mecânica e inserção dos seus alunos nas UTIs. Também não deixaram de agradecer ao médico intensivista Dr. Ferrari que, em conjunto com o COFFITO, debruçou-se para escrever o primeiro projeto pedagógico de 400 páginas e de impacto nacional. Agradecimentos foram feitos aos professores da SOBRATI que em todo território nacional formam FI há anos e contribuem para a qualidade da fisioterapia nacional. A Fisioterapia Intensiva, dedicada a Terapia Intensiva, alcançou seu brilho, mostrou um modelo internacional a ser copiado. Barreiras foram rompidas onde algumas poucas entidades nacionais resignavam-se em aceitar uma nova formação interdisciplinar, declarando-se favorável quando o inevitável, os fatos e a razão selavam terminantemente a discussão e com convencimento em meados de 2006 para Instituições engessadas em modelos segmentados. Finalmente o paciente crítico passou a ser visto com um todo, um sistema orgânico, não apenas em órgão segmentado. Mais uma vez a SOBRATI muda a forma de pensar, mostra um modelo qualificado, democrático e humano.

Parabéns ao Fisioterapeutas, Parabéns aos Professores Dr Azeredo e Dr. Ferrari, parabéns a SOBRATI, mas parabéns ( acima de tudo ) aos nossos pacientes.

SOBRATI, UM NOVO MODELO DE UTI PARA O PAÍS.

SOBRATI, a Fisioterapia Intensiva - Formando Fisioterapeutas Intensivistas ...


RESOLUÇÃO COFFITO Nº 392, de 04 de outubro de 2011 - (DOU nº. 192, Seção 1, em 05/10/2011, página 160) - Reconhece a Fisioterapia em Terapia Intensiva como especialidade do profissional fisioterapeuta e dá outras providências. Considerando o inciso XII do artigo 5º da Lei nº. 6.316, de 17 de dezembro de 1975; Considerando as alíneas a, b, c, d, e do inciso I e alíneas a, b, c, d, f, do inciso II do artigo 3º da Resolução COFFITO nº 8, de 20 de fevereiro de 1978; Considerando os artigos 1º, 2º, e 3º da Resolução COFFITO nº 80, de 9 de maio de 1987; Considerando o inciso XXIII do artigo 8º da Resolução COFFITO nº 181, de 25 de novembro de 1997; Considerando os artigos 3º e 4º da Resolução COFFITO nº 360, de 18 de dezembro de 2008; Considerando a necessidade de prover, por meio de uma assistência profissional adequada e específica, as exigências da saúde em Terapia Intensiva previstas no Sistema de Saúde do país; O Plenário do Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, no uso das atribuições conferidas pelo art. 5º da Lei nº. 6.316, de 17 de dezembro de 1975, em sua 203ª Reunião Plenária Ordinária, realizada nos dias 10 e 11 de junho de 2010, em sua subsede, situada na Rua Napoleão de Barros, nº 471, Vila Clementino, São Paulo-SP, resolve: Art. 1º - Reconhecer a Fisioterapia em Terapia Intensiva como especialidade própria e exclusiva do profissional fisioterapeuta. Art. 2º - Terá reconhecido o seu título de Especialista em Terapia Intensiva o profissional fisioterapeuta que cumprir os critérios a serem estabelecidos em Resolução própria em conformidade com a Resolução COFFITO nº 360, de 18 de dezembro de 2008. Art.3º - Esta resolução entra em vigor na data de sua publicação. Elineth da Conceição da Silva Braga Diretora-Secretária - Roberto Mattar Cepeda Presidente do Conselho.


http://www.medicinaintensiva.com.br/fisioterapia-intensiva-resolucao-2011.htm

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Governo do Estado qualifica profissionais de UTIs da rede estadual de saúde

Governo do Estado qualifica profissionais de UTIs da rede estadual de saúde




O Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (Susam) e em parceria do Ministério da Saúde, trouxe para Manaus uma equipe de especialistas do Hospital do Coração de São Paulo (Hcor) para aplicar o Programa de Aprimoramento da Qualidade Assistencial em UTI, denominado de Projeto Quality, a 430 profissionais da rede pública estadual de saúde.
Os treinamentos do projeto, que visam padronizar procedimentos e o atendimento com qualidade superior em todas as unidades de saúde do país, se encerram neste sábado (15) para os profissionais de cinco unidades do Estado: Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas (FCecon), Hospital e Pronto-Socorro 28 de Agosto, Fundação Hospital Adriano Jorge, Maternidade Ana Braga e Hospital e Pronto-Socorro Dr. João Lúcio. A iniciativa segue orientação do governador Omar Aziz de melhorar a qualidade do atendimento na rede de alta complexidade do Estado.
Iniciado no último dia 5 de outubro, o treinamento em Manaus envolveu aulas práticas com o ensino de técnicas atualizadas no cuidado de pacientes em estado grave, segundo destacou o médico de Terapia Intensiva e coordenador do projeto, Alexandre de Biasi. “A ideia é atualizar os profissionais do Amazonas quanto a novos procedimentos que devem ser aplicados dentro das UTIs”, disse Biasi.
De acordo com o médico, os novos procedimentos foram atualizados em 2010 e estão sendo padronizados em todo o país. “Desde 2005 quando um paciente chegava ao hospital com uma parada cardiorrespiratória, o procedimento inicial adotado era a abertura das vias aéreas. Agora, comprovadamente, a compressão toráxica (também conhecida como massagem respiratória) é muito mais eficaz e representa toda diferença entre a vida e a morte do paciente”, apontou o especialista.
A capacitação em Manaus atende médicos, fisioterapeutas e técnicos de enfermagem de unidades de saúde do Estado, que também tiveram a oportunidade de trocar experiências com os sete especialistas do Projeto Quality que ministram o curso em Manaus. Com o projeto, que alcança não só o médico mas todos os profissionais que acompanham os pacientes, a expectativa é que os novos procedimentos reduzam o número de óbitos dentro das UTIs. Para o médico intensivista e coordenador da UTI do Hospital 28 de Agosto, Nelson Barbosa, a capacitação permite que cada profissional de saúde esteja ainda mais preparado para atender situações graves e de emergência.

domingo, 9 de outubro de 2011

RESPIRAÇÃO COM PRESSÃO POSITIVA INTERMITENTE – RPPI

RESPIRAÇÃO COM PRESSÃO POSITIVA INTERMITENTE – RPPI

A RPPI foi introduzida como uma modalidade clínica por Motley em 1947, onde foi amplamente utilizada e tornou-se bem popular tornando-se a principal terapia respiratória até 1970. Em 1980 o Respiratory Care Committee of the American Thoracic Society (ATS) elaborou orientações para o uso racional da RPPI. Recentemente a American Association for Respiratory Care (AARC) estabeleceu uma orientação prática para a terapia com RPPI, onde exige que os pacientes sejam bem escolhidos, as indicações e objetivos sejam bem definidos e que o tratamento seja administrado e monitorizado por um Fisioterapeuta experiente.

A RPPI se refere à aplicação de Pressão Positiva Inspiratória a um paciente respirando espontaneamente como uma modalidade terapêutica intermitente ou de curto prazo.

A técnica é muito utilizada como terapia de reexpansão pulmonar e tem por objetivos principais o aumento do volume corrente e consequentemente aumento do volume minuto, otimizando as trocas gasosas e pode ser indicada para os pacientes com atelectasia diagnosticada clinicamente e não responsivos a outras terapias. A RPPI também pode ser útil aos pacientes que apresentam alto risco de atelectasia, principalmente no período pós operatório e que não são capazes de cooperar com técnicas mais simples. Pode-se associar a técnica às posições de drenagem para otimizar a eliminação de secreções pulmonares e direcionar a ventilação pulmonar no caso de áreas de hipoventilação para obtenção de melhores resultados.

As contra-indicações incluem: pneumotórax não tratado, pressão intracraniana > 15mmHg, instabilidade hemodinâmica, fístula traqueoesofágica, cirurgia esofágica recente, evidências radiográficas de bolhas, cirurgia oral ou facial recente, singultação, náuseas, abscesso pulmonar, hemoptise ativa e tumor brônquico.

Como em qualquer intervenção clínica, certos riscos e complicações podem ser associados à RPPI, e requer uma avaliação precisa para sua identificação em seus estágios inicias.

Os riscos incluem: aumento da resistência da vias aéreas, barotrauma pulmonar, infecção nasocomial, alcalose respiratória, hiperoxia, comprometimento do retorno venoso, distensão gástrica, aprisionamento de ar, auto-PEEP, hiperdistensão e dependência psicológica.

A administração requer um planejamento preliminar onde a necessidade da sua aplicação é determinada através de dados diagnósticos e os resultados terapêuticos esperados são atingidos. Uma vez presente a necessidade da realização da RPPI o Fisioterapeuta deverá fazer uma avaliação inicial minuciosa, a fim de, individualizar o tratamento e para ficar atento a possíveis complicações. A avaliação consistira em: aferição dos sinais vitais, observação da aparência e do sensório do paciente, padrão respiratório e ausculta pulmonar.

A aplicação da RPPI no paciente irá depender previamente da preparação do equipamento, onde é necessário garantir que todos os componentes estejam funcionando e principalmente observar se há vazamentos no sistema.

Após a checagem inicial do equipamento o paciente deverá ser orientado quanto a aplicação da técnica, sobre os benefícios, possíveis resultados ao aplicá-la e deixar bem claro que a técnica é efetiva com a colaboração total do mesmo. E, no momento da RPPI o paciente deverá ficar na posição semi-fowler.

A abordagem inicial com a RPPI é a colocação da máscara no paciente orientado e colaborativo. A máquina será ajustada para que o paciente faça uma inspiração com o mínimo de esforço e com objetivo de realizar 6 irpm com a R/I:E de 1:3 ou de 1:4 . A pressão inicial é ajustada entre 10 e 15 cmH2O podendo variar conforme o tratamento e os ajustes dos parâmetros será realizado mediante o objetivo da terapia e pelos valores do volume corrente. Lembrando que: na terapia RPPI esperasse um VC de 10 a 15 ml/kg de peso corporal, sendo então, muitas vezes realizado o aumento gradual e tolerável da pressão. Geralmente a terapia com dura em torno de 15 a 20 minutos e em pacientes em terapia intensiva a repetição da terapia pelo menos a cada 72 horas.

Depois da aplicação avalia-se novamente o paciente, relata e registra os acontecimentos no prontuário e aguarda as respostas conforme os objetivos e a condição clínica do paciente.

Referências:

FRANÇA, Eduardo. et al. Força tarefa sobre a fisioterapia em pacientes críticos adultos: diretrizes da Associação Brasileira de Fisioterapia Respiratória e Terapia Intensiva (ASSOBRAFIR) e Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB). Disponível em: www.amib.org.br/pdf/DEFIT.pdf. Acesso em: 11 set 2011 às 19:04hs.

Respiração por Pressão Positiva Intermitente. Disponível em: HTTP://analgesi.co.cc/html/t7393.html. Acesso em: 18 abr às 13:43hs.

SARMENTO, G. J. V.; RAIMUNDO, R. D.; FREITAS, A. Fisioterapia Hospitalar Pré e Pós Operatórios. Editora: Manole, São Paulo, 2009.

SARMENTO, G. J. V. Fisioterapia Respiratória no Paciente Crítico. 3° ed. Editora: Manole, São Paulo, 2010.

SCANLAN, Craig. et al. Fundamentos da Terapia Respiratória de Egan. 8°ed. Manole. SãoPaulo. 2009.

Esp. Helena Barbosa e Patrícia Rocha.