sexta-feira, 5 de março de 2010

Disposições sobre fisioterapeuta 18hs em UTI

DAS DISPOSIÇÕES COMUNS A TODAS AS UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA

Seção I
Art. 8º A unidade deve dispor de registro das normas institucionais e das rotinas dos
procedimentos assistenciais e administrativos
realizados na unidade, as quais devem ser:
I - elaboradas em conjunto com os setores envolvidos na assistência ao paciente grave, no
que for pertinente, em especial com a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar.
II - aprovadas e assinadas pelo Responsável Técnico e pelos coordenadores de enfermagem
e de fisioterapia;
.................

Art. 12 As atribuições e as responsabilidades de todos os profissionais que atuam na
Unidade devem estar formalmente designadas, descritas e divulgadas aos profissionais que
atuam na UTI.

Art. 13 Deve ser formalmente designado um Responsável Técnico médico, um enfermeiro
coordenador da equipe de enfermagem e um fisioterapeuta coordenador da equipe de
fisioterapia, assim como seus respectivos substitutos.
§ 1º O Responsável Técnico deve ter título de especialista em Medicina Intensiva para
responder por UTI Adulto; habilitação em Medicina Intensiva Pediátrica, para responder
por UTI Pediátrica; título de especialista em Pediatria com área de atuação em
Neonatologia, para responder por UTI Neonatal;
§ 2º Os coordenadores de enfermagem e de fisioterapia devem ser especialistas em terapia
intensiva ou em outra especialidade relacionada à assistência ao paciente grave, específica
para a modalidade de atuação (adulto, pediátrica ou neonatal);
§ 3º É permitido assumir responsabilidade técnica ou coordenação em, no máximo, 02
(duas) UTI.

Art. 14 Além do disposto no Artigo 13 desta RDC, deve ser designada uma equipe
multiprofissional, legalmente habilitada, a qual deve ser dimensionada, quantitativa e
qualitativamente, de acordo com o perfil assistencial, a demanda da unidade e legislação
vigente, contendo, para atuação exclusiva na unidade, no mínimo, os seguintes
profissionais:

I - Médico diarista/rotineiro: 01 (um) para cada 10 (dez) leitos ou fração, nos turnos
matutino e vespertino, com título de especialista em Medicina Intensiva para atuação em
UTI Adulto; habilitação em Medicina Intensiva Pediátrica para atuação em UTI Pediátrica;
título de especialista em Pediatria com área de atuação em Neonatologia para atuação em
UTI Neonatal;
II - Médicos plantonistas: no mínimo 01 (um) para cada 10 (dez) leitos ou fração, em cada
turno.
III - Enfermeiros assistenciais: no mínimo 01 (um) para cada 08 (oito) leitos ou fração, em
cada turno.
IV - Fisioterapeutas: no mínimo 01 (um) para cada 10 (dez) leitos ou fração, nos turnos
matutino, vespertino e noturno, perfazendo um total de 18 horas diárias de atuação;
...................

Art. 15 Médicos plantonistas, enfermeiros assistenciais, fisioterapeutas e técnicos de
enfermagem devem estar disponíveis em tempo integral para assistência aos pacientes
internados na UTI, durante o horário em que estão escalados para atuação na UTI.

http://www.in.gov.br/imprensa/visualiza/index.jsp?data=25/02/2010&jornal=1&pagina=48&totalArquivos=72

Humanização em UTI

70% das UTIs no País estão fora do padrão de atendimento humanizado

Locais não têm estrutura e equipe adequadas, além de restringir participação da família; há ainda déficit de vagas


Cerca de 70% dos 3.500 leitos de Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs) no País não estão minimamente adequados ao modelo de humanização considerado ideal por especialistas da área, segundo dados da Sociedade Brasileira de Terapia Intensiva (Sobrati). Estudos recentes indicam que detalhes simples, como a presença de janela e relógio no quarto - para que o paciente tenha noção de tempo - e maior contato com familiares durante a internação são decisivos não só para a recuperação mais rápida, mas também para evitar sequelas físicas e psicológicas que podem atrasar o retorno à vida normal.

"Durante muito tempo, a única preocupação dos profissionais da área foi salvar vidas. Mas nos últimos 15 anos começou a haver um cuidado com a qualidade de vida do paciente após a internação. Isso está ligado ao aumento da sobrevida", diz Álvaro Réa, presidente da Associação de Medicina Intensiva Brasileira (Amib). "Estudos indicam que muitos pacientes levam de 6 a 12 meses para voltar às atividades normais por causa das sequelas."

Segundo o psiquiatra Marcelo Feijó de Melo, da Unifesp, é comum entre pacientes que passaram por longas internações a síndrome do stress prós-traumático. "Esse quadro é grave e limita muito a vida do paciente pós-UTI." O índice de licenças e aposentadorias precoces entre os portadores da síndrome chega a 40%, afirma o psiquiatra.

Mas algumas medidas podem minimizar o impacto negativo. Ter a família perto o maior tempo possível é um dos fatores mais importantes apontados por especialistas, bem como o acompanhamento de psicólogos e fisioterapeutas. A presença de relógio e janela no quarto, para que o paciente tenha noção de dia e noite, ajuda o organismo a manter seu ciclo natural. Usar o mínimo de sedação, apenas o suficiente para que o paciente fique confortável, evita que ele sofra alucinações e adquira dificuldades cognitivas em consequência das drogas.

O Hospital Sírio-Libanês, por exemplo, adota a rotina do despertar diário, conta Guilherme Schettino, responsável pela unidade. "Durante um período do dia, suspendemos a sedação para que o paciente fique acordado. Explicamos a ele e a família todos os procedimentos que estão sendo feitos. Isso diminui a angústia."

Minutos antes de passar por uma nova cirurgia, a secretária Aurea Soares, de 48 anos, relatou a experiência de cinco dias na UTI do Sírio-Libanês, vivenciada em dezembro do ano passado. "Não parece que você está num hospital. O quarto era individual, tinha computador, TV e meus familiares puderam ficar comigo o tempo todo, conta Aurea, que teve câncer, sofre de diabete e passou por um cateterismo para colocar dois stents. "É um período em que você está muito mal, não sabe se vai ou se fica. Saber que tem profissionais 24 horas por perto deixa você mais segura."

"Em hospitais como o Sírio-Libanês, Albert Einstein e Nove de Julho as UTIs atendem a todos os critérios ideais de humanização. Mas isso é para poucos", diz o presidente da Sobrati, Douglas Ferrari. "Estimamos que 25% dos brasileiros tenham plano de saúde e, desses, apenas 5% têm acesso a esse modelo top." Em todo o País, apenas 30% das UTIs atendem aos requisitos mínimos do modelo ideal de humanização. "A maioria não tem psicólogo e limita muito o acesso da família."

Ferrari aponta outro dado alarmante: o déficit de leitos de UTI no País está em torno de 50%. A situação é mais grave na área pediátrica e de neonatologia, onde o déficit chega a 70%. "O processo de humanização não estará completo enquanto houver crianças esperando um leito nos corredores de hospitais, num momento em que um respirador faz a diferença entre vida e morte."

A falta de leitos foi um dos problemas que levaram a UTI neonatal do Hospital das Clínicas de Pernambuco a suspender novos atendimentos. Um dia após a divulgação da suspensão, que também ocorreu por causa de um surto de infecção que atingiu pelo menos seis bebês, o Ministério Público estadual anunciou ontem a realização de uma audiência pública sobre o caso. O objetivo é buscar providências para as consequências causadas pelo surto infeccioso.

Ontem, de acordo com informações da coordenação médica da unidade, os bebês infectados permaneciam sob tratamento com antibióticos. A previsão, segundo a assessoria de imprensa, é de que o atendimento seja normalizado em dez dias.

FALTA DE VAGAS

50% é o déficit de leitos de UTI no País. Na área de neonatologia o número chega a 70%, segundo a Sobrati

6% dos leitos hospitalares deveriam ser destinados à alta complexidade, segundo a ONU. Mas no Nordeste a taxa é menor que 3%; no Norte, é de 1,7%

quinta-feira, 4 de março de 2010

INSTITUTO BRASILEIRO DE TERAPIA INTENSIVA E SOBRATI FAZEM PARCERIA COM A EMPRESA GLOBAL PHYSICIAN SERVICES NOS EUA PARA INTRODUZIR O SISTEMA DE ROBÔS EM UNIDADES EMERGENCIAIS E INTENSIVAS

Ji -Dos EUA - Orlando - Florida - Dez/2009

O Instituto Brasileiro de Terapia Intensiva e a SOBRATI, Sociedade Brasileira de Terapia Intensiva, efetuam convênio de parceria científica com empresa norte americana Global Physicians Services, especializada em consultoria e educação médica. Dr Ferrari esteve na sede CISCO ( maior empresa de telecomunicações dos EUA ) que mantém convênio com Forças Armadas americanas. Na sala de teleconferência, pode verificar o sistema avançado de telecomunicação com som digital e imagem a qual permite incluir até 3 pessoas em telas. No futuro próximo há possibilidade de criar uma tele-estação na cidade de São Paulo. A Estação Central terá o propósito de efetuar as teleconferências e manusear o Robô nas Unidades Emergenciais e Intensivas.

The Brazilian Institute of Intensive Care and SOBRATI, Brazilian Society of Intensive Care, effect of scientific partnership agreement with U.S. company American Physicians Global Services, specializing in consulting and medical education. Dr Ferrari was at the headquarters CISCO (largest U.S. telecommunications) that has an agreement with the U.S. military. In the conference room, you can check the advanced telecommunications system with digital sound and image which allows up to 3 people on screen. In the near future there is possibility of creating a tele-station in the city of São Paulo. Central Station will aim to make the calls and handle the robot in the Intensive and Emergency Units.

O Presidente da SOBRATI e Diretor do Instituto Brasileiro de Terapia Intensiva, Dr Douglas Ferrari, encontra-se nos EUA ampliando convênios e parcerias educacionais. Em 2005 a Universidade da Califórnia em parceria com importantes empresas de comunicação dos Estados Unidos, criaram o primeiro "Robô de UTI" - "ICU-Robot". A tecnologia wireless permite que o equipamento a distância possa captar os dados de exame, visualizar o monitor, interagir com a equipe e fornecer consulta e sugestões clínicas. O maior Centro de Pesquisa encontra-se na Califórnia e em Orlando, na Flórida. Dr Ferrari iniciou a primeira etapa para implantar o sistema nas Unidades Brasileiras. EM visita oficial nos EUA, efetuou videoconferência com diretores e reuniões com Global Physician Service, empresa responsável pela implementação da tecnologia nos EUA e demais países. Inicialmente estará implantando o sistema no Brasil e países da América do Sul.

" A tele-medicina é uma realidade, esperamos alcançar em breve condutas e protocolos universais através da tecnologia dos Robôs. Funcionando 24 h, a equipe poderá consultar e trocar informações. Outra sugestão que temos levado é implementação da "Certificação de Qualidade" que será permitida com a tecnologia On-Line e em "Real Time". O Brasil será pioneiro na implantação internacional da Qualidade em UTI". DF

Segundo Dr Ferrari, outra possibilidade será a criação de Estações de Treinamento nos Brasil e EUA, especificamente na cidade de Orlando, já que a mesma possui a sede internacional da SOBRATI e que possui alto nível tecnológico na área da saúde e é a segunda maior cidade turística mundial. Ainda outros projetos poderão nascer deste trabalho, levando para os EUA o forte conhecimento em emergência vivenciado no Brasil.


http://www.sobrati.com.br/ibrati-eua.htm

SOSO HAITI

SOS HAITI





São mais de 150 mil mortos.

Mais de 400.000 feridos.

Infecções, sepesis, emergências clínicas habituais, partos, UTIS improvisadas, cirurgias feitas muito além do tempo desejado, pacientes gritando por socorro, médicos exaustos expostos ao calor e falta de água ou higienização mínima, longe de familiares, submetidos ao perigo de, a qualquer momento, ocorrer uma séria e agressiva comoção social e comprometer a ordem pública.


O Haiti vive um verdadeiro drama humano. Pessoas que perderam familiares, o esquecimento ao longo prazo é um "fantasma", preocupa a população que é abastecida diariamente com suprimentos que atendem apenas 20% da população. Sem moradia, expostos ao tempo, idosos, mulheres e crianças precisam superar a cada dia condições limítrofes. Até quando vamos
aguentar ?, diz um haitiano. São retratos de irmãos que esgotam suas forças e a esperança.
Os pacientes clamam: " Não nos deixe, nossa dor é muito intensa, em vocês depositamos nossas esperanças ". Médicos relatam a dura realidade no Haiti.

A ajuda internacional chega, mas são mais de 2 milhões de desabrigados. Não há energia elétrica, alimento e o porto para desembarque também foi destruído.
A comunidade internacional mobiliza-se, o Brasil amplia suas tropas, os EUA elevam para 20.000 o número de militares para oferecer a segurança. Um retrato triste. Uma população esgotada, numa ajuda ampla, porém pequena diante do problema. Contudo, os sorrisos aparecem, a vida é mais forte.

" A tragédia e a vontade de viver nos une, nos aglutina, nos transforma, nos projeta na esperança coletiva e em uma só pessoa..." DF

Da Redação - Ji - Jornal do Intensivista

http://www.erws.org/haiti-3.htm